Diário de quarentena #3: Percebi que a solidão é amiga e não inimiga

Depois de tanto tempo temendo a solidão, percebi o quão ela é importante em minha vida. 

Eu choro por não ter amizades que sempre sonhei, logo penso que estar sozinha não é uma opção legal, e sim a pior de todas. 

Estar sozinha é muito diferente de se sentir sozinha. Amo ficar no meu quarto, assistindo televisão ou lendo algum livro; ouvindo música ou apenas fuçando meu guarda-roupas procurando uma peça de roupa perdida. Mas quando percebo que não tenho ninguém pra estar comigo nos piores momentos, me acolhendo e me recebendo de braços abertos sabendo dos meus erros... Isso me assusta.

Nessa quarentena de quase 1 ano, decidi dar espaço para mim mesma e meus pensamentos. Fiz coisas que nunca imaginaria que faria algum dia, como raspar minha cabeça e fazer uma tatuagem (mesmo eu sendo menor de idade). Com isso, isolada das pessoas e do lado de fora, eu adotei a solidão como minha melhor amiga. 

Graças a ela, consegui descobrir quem eu sou. Descobri que há muitas coisas boas dentro de mim. Descobri novos talentos e gostos. 

Ela não é minha inimiga, apesar de as vezes eu pensar nisso. 

Ela é uma ótima amiga.