Carta número um.

Já faz um tempo que não apareço por aqui. Tenho meus motivos, eu acho. Sinceramente? Eu nem vi o tempo passar. Ás vezes eu entrava aqui e ficava lendo minhas postagens até ficar com dor de cabeça. Já que eu não tinha nada melhor pra fazer, fiquei lendo o blog todo e vendo como era a minha cabeça há uns tempos atrás. Era bom saber que nem tudo estava tão perdido assim.

A depressão está ficando cada vez mais forte, dia após dia. Cada dia que passa fica mais difícil levantar da cama ou tomar um banho. Não estou comendo tão bem, fiquei com preguiça de cozinhar e prefiro comidas mais fáceis de preparar (tipo um miojo ou comida congelada de mercado). Quero raspar a cabeça de novo, mas o medo de ter a autoestima destruída (mais do que já está) é maior do que eu imaginei. Sair de casa é cada vez mais difícil. Ver as pessoas? Nem me pergunte sobre isso. Tenho problemas com fobia social, então ver pessoas deixou de ser uma opção há muito tempo. Fumo todos os dias, intercalo com cigarro e maconha. O cigarro é mais pra não ter crises de ansiedade, já a maconha é pra esquecer da realidade e dos diversos problemas que eu tenho. Também estou com uma enorme vontade de voltar a me cortar, mas tenho medo. Isso é pior que vício em cigarro ou qualquer droga que exista nesse mundo. 

Suicídio? Penso todos os dias. Não tem um dia sequer que eu não pense em suicídio. Eu luto MUITO para viver cada dia, para acordar e tomar uma água. Mas ultimamente anda muito difícil, ainda mais com o trabalho que estou levando obrigatoriamente. 

Essa é a minha carta de hoje. Não sabia com quem falar sobre isso (não tenho amigos), então decidi escrever tudo isso aqui.